Pular para o conteúdo
Início » Aromaterapia para Mães

Aromaterapia para Mães

Se há aromaterapia para crianças, deve existir, primeiro, aromaterapia para mães.

Eu sou mãe de 3 e resolvi escrever este artigo depois de perceber, neste mundo da aromaterapia e do autocuidado, orientações direcionadas principalmente a crianças, gestantes e mães recém-nascidas. Gostaria de reforçar que cuidar da saúde física, mental e emocional das mães com filhos de todas as idades é necessário tanto para a mulher quanto para o desenvolvimento dos próprios filhos.

Ou seja, se você que é do tipo de mãe que costuma colocar-se em segundo plano por qualquer motivo, pensa ao menos que se cuidar é cuidar da cria. O melhor, no entanto, seria pensar que:

se cuidar é importante, porque você é um ser valioso.

“Mãe” tem como principal característica o cuidado. Desde a concepção ela guarda dentro de si um novo ser. A partir daí cuida da sua alimentação, saúde mental, saúde física em prol do bebê. Realiza procedimentos em si sempre levando em consideração a nova vida que gera.

Depois que o bebê sai do corpo da mãe, ela foca seus esforços em cuidar daquele que é dependente e indefeso. Uma coisa interessante, meio óbvia, mas que a maioria de nós esquecemos é que: tão importante quanto cuidar do bebê é cuidar de si mesma. Cuidando de si, estamos por consequência, cuidando do bebê também.

Isso é algo importante de frisar, porque uma mãe saudável física e mentalmente acaba tendo um bebê também saudável, tendo em vista que eles absorvem muito de nós.

Segundo a Antroposofia, o corpo etérico (emocional) da criança é ligado ao corpo físico até os 7 anos. O corpo etérico é “gerado” nesse período assim como o corpo físico foi gerado durante as 40 semanas ou mais dentro do corpo da mãe. Ele segue o adulto, aprende com ele, depende dele.

O que significa isso? Significa que a mãe, enquanto cuida da criança, agora externamente, está contribuindo para sua saúde no futuro. Um bom ritmo, um ambiente saudável e próprio para que a criança se desenvolva bem são cruciais. E para que isso se realize, a mãe deve ter condições de estar bem. Bem consigo mesma, saudável, feliz, tranquila, disposta, consciente dos seus processos e capaz de gerir suas próprias emoções e conflitos.

Aqui um parêntese: a mãe é um ser humano. Em si, correm sangue, hormônios, desejos, medos… maternidade é um papel que se desempenha entre tantos outros que a pessoa assume, mãe não é um ser perfeito, não é um ser que apenas serve, que não erra e é responsável pelo mundo.

Ela dá vida a todos os seres humanos sim, porém não é responsável solitária pela formação deles depois que nascem: há os pais, há a sociedade. Todos os outros seres são responsáveis uns pelos outros. Honramos as mães, e não vamos atribuir somente a elas o dever de cuidado com as crianças. Assim, a mãe não tem a obrigação de estar bem o tempo todo, mas como todo ser humano, merece estar bem.

Dito isso, vamos falar como as mães podem se beneficiar da Aromaterapia para seu autocuidado enquanto desempenham este precioso papel.

Aromaterapia nas questões mais comuns das mães

Cada mãe é uma, tem suas singularidades e questões, e há situações bem corriqueiras entre todas, que podem ser equilibradas com o uso dos óleos essenciais.

  • Fadiga mental
  • Cansaço físico
  • Momentos de baixa autoestima
  • Falta de sua individualidade
  • Desregulação hormonal
  • Culpa

Fadiga mental

Mães com crianças de todas as idades sofrem essa fadiga devido à sobrecarga mental. Até mesmo quando há outras pessoas participando, muitas vezes ela precisa delegar, determinar o que deve ser feito pelo outro, e isso cansa tanto quanto ir lá ela mesma fazer.

Ter consciência desta situação já é um passo para a libertação.

Um óleo essencial que pode nos ajudar a ter forças para manter a serenidade e não “abraçar” todas as funções aliviando, assim, a fadiga mental e proporcionado ânimo é o Cardamomo.

Cansaço físico

Para cansaço físico, descanso físico. A mãe deve impor um tempo de descanso. Poder deitar depois do almoço, dormir as horas recomendadas por noite e ter uma atividade relaxante. Uma que recomendo é o yoga nidra, o relaxamento que se faz ao final das aulas de yoga, que dura em média 20 minutos e equivale a 2 horas de sono profundo!

No entanto, descansar o corpo parece algo simples mas pode não ser. Isso porque o estado mental da pessoa interfere no seu relaxamento físico, vide casos de insônia mesmo tendo tempo para dormir ou sono leve e agitado, o que não restaura o corpo como deveria.

Sendo assim, experimente o óleo essencial de Ylang Ylang ou o óleo essencial de Lavandin Super  para ajudar a mente desacelerar para que o corpo consiga relaxar de verdade. Escolhendo o Ylang Ylang, é interesse para momentos que se prepara para dormir, para ter uma boa noite de sono. Já o Lavandin Supér é uma ótima opção para um momento  de relaxamento de pausa após atividades intensas, quando ainda não terminou o dia.

Momentos de baixa autoestima

Muito comum entre mulheres que deixaram o trabalho depois da maternidade. Ou que se compara com outras supermães (geralmente das redes sociais).

Já falamos isso neste artigo, mas vale repetir: mãe é um papel social desempenhado por um ser humano. E ser humano é tudo igual, cheio de falhas, que busca sempre melhorar, claro, e também está no caminho. Algo que pode soar como consolo, só que é a pura verdade, é pensar que “todo dia o sol levanta” e um novo dia é uma oportunidade para recomeçar, organizar, fazer melhor. Então, força!

Para levantar a autoestima, para aumentar o poder pessoal, se valorizar e se encorajar, escolha um dos óleos essenciais: Bergamota, Grapefruit, Jasmim ou Rosa Damascena e vivencie os seus benefícios.

Depoimento de mãe:Autoestima e individualidade são questões que para mim se entrelaçaram de forma muito complexa na maternidade. Acredito que entrei na “maternidade” sem esses dois importantíssimos pilares da vida bem firmados e por isso o processo foi se agravando com o passar do tempo.
Acredito que educar para autoestima e individualidade é fundamental para que tenhamos uma juventude mais rica em experiências saudáveis e possamos adentrar a vida adulta com maior consciência de quem somos e das escolhas que fazemos, parece básico mas percebo uma imensa falta em nossa sociedade como um todo.
Ser mãe sem pensar a autoestima e a individualidade compromete em muitos aspectos a criação de nossos filhos pois ficamos muito suscetíveis aos medos e anseios inerentes a este processo, nos esvaziamos e deixamos de estar presentes de verdade em nossa própria vida. Preservar nos pequenos detalhes o cuidado consigo mesma é para mim a chave de manter-se atenta e consciente de nossas possibilidades em cada fase da vida.
Michelle Ribeiro, mãe de dois, cientista social, pedagoga, empreendedora.

Falta de sua individualidade

A mãe que nunca reclamou que não pode nem ir ao banheiro sossegada é uma raridade. E isso não é só para mães de pequenos, posso testemunhar!

Mas a falta de individualidade vai mais a fundo. Já mencionei que até os 7 anos a criança está formando seu corpo emocional, então ela é bastante dependente do adulto mais próximo, na maioria dos casos, a mãe. Então até essa idade, aproximadamente, é normal ter aquele grudezinho. Depois disso, é importante colocar limites, recuperar sua individualidade, seu espaço.

A mulher precisa ficar atenta em relação à si mesma. Ter momentos para si, espaço físico em casa onde pode cultivar sua privacidade, poder fazer o que quer quando quer. Obviamente, com filhos não é possível essa liberdade o tempo todo, no entanto, o cuidado do qual falo aqui é para que a mulher não se perca na maternidade, não perca o que é só seu, o que é.

Nossa aromaterapeuta recomenda, para que a mãe mantenha seu lugar no mundo, o óleo essencial de Patchouli que apoia no estabelecimento de limites, no dizer “não” sem culpa, na sabedoria.

Desregulação hormonal

Com a maternidade vem a dança dos hormônios. Toda mulher tem suas alterações hormonais, mas o organismo de uma mãe trabalha um pouco mais: tem a gestação, o parto, a amamentação e nestas fases hormônios diversos são secretados para que o corpo funcione (contraindo, relaxando, produzindo, inibindo) e a mãe saia inteira do processo.

É importante olhar para a regulação hormonal com carinho. Equilíbrio, cuidado, atenção com o que ocorre no corpo ajuda a mãe a se manter bem integralmente.

Para equilíbrio hormonal, os óleos essenciais propostos são Gerânio, Sálvia Esclareia, Cipreste e Anis Estrelado.

Na gestação e no parto é possível fazer uso de óleos essenciais, mas sempre com orientação da aromaterapeuta. No puerpério é importante não expor o bebê ao óleo essencial, por isso, consulte a aromaterapeuta também.

Agora, para os períodos lunares, os óleos essenciais citados acima são bem-vindos e eficazes.

Culpa

Ah, essa é a grande companheira das mães. Mesmo que se tenha consciência de que não se deve carregar a culpa de tudo nas costas, a mãe é o ser que está mais vulnerável à culpa.

Mas a culpa é algo que foi destinado às mãe pela sociedade? Ou realmente nos sentimos assim por nós mesmas? Talvez isso tenha menos importância do que entender os prejuízos que isso nos causa e nos livramos deste peso.

Para sair daquele ciclo de se culpar por tudo, é eficaz o uso do óleo essencial de Junípero.

Por fim…

Os óleos essenciais devem ser experienciados, vivenciados com leveza. Antes de fazer uso, faça uma inalação e perceba se o aroma é agradável e trouxe boas sensações. Isso irá assegurar que a experiência com ele seja a mais prazerosa e benéfica possível. Se o aroma não agradou, opte por outro óleo essencial.

A aromaterapeuta é capaz de analisar quais óleos essenciais podem trazer benefícios semelhantes a outros a partir da observação das moléculas químicas. Se quiser marcar uma consulta aqui na Âme, clique aqui.

Busquei abarcar algumas das principais questões relacionadas à maternidade e que geram desconfortos emocionais e físicos. Isso para que as mulheres que são mães possam ter cada vez mais bem-estar e cada vez menos peso em suas vidas.

Aquela história de cuidar de quem cuida, sabe? É importante as mães se cuidarem. É importante também que a sociedade respeite as mães, não impondo a elas a responsabilidade sobre todas as coisas ou tirando delas direitos que todo ser humano tem: a uma vida equilibrada, com descanso e tempo para si. Liberdade para escolher.

E, porque não, é importante dar mérito às mães pelo trabalho que fazem. Valor incondicional por darem à luz e por cuidarem, sem julgamentos.

Simplesmente, gratidão.

Escrito por: Luiza Paim, mãe de 3, dedicou um período da vida para cuidar de outras mães e procura não romantizar e nem julgar a maternidade.

Orientações de aromaterapia da Elziane Paim, aromaterapeuta da Âme Du Champ.

Compartilhe este artigo, mas cite a fonte!