Assim como nós, aromaterapeutas, a cientista americana Linda Buck, é obcecada por cheiros e por isso desbravou o mundo do olfato trazendo para nós um presente inestimável: como a recepção do odor se transforma em percepção e memória.
Em sua pesquisa, que recebeu o Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina 2004, foi elucidado que no epitélio olfatório, localizado na parte superior do nariz, receptores são moléculas de proteínas que se ligam às moléculas de certos odorantes, permitindo o reconhecimento de aromas individuais.
O ser humano possui poucos receptores olfativos, aproximadamente 350-400, comparado com os animais, mas que são capazes de distinguir entre 10 mil ou mais cheiros e entre eles alguns que podem ser quase idênticos. Isso é muito maravilhoso, não é mesmo?
Na aromaterapia, muitos perguntam: como um “cheiro” pode aliviar a minha dor ou reduzir a minha ansiedade?
Primeiro que o os óleos essenciais não são cheiros, são substâncias químicas naturais que possuem moléculas aromáticas que se ligam aos receptores (que são neurônios olfatórios) no nosso epitélio olfatório; segundo que esse mecanismo de ligação gera impulsos elétricos que são transmitidos para o cérebro, para o bulbo olfatório desencadeando uma série de reações químicas em nosso organismo. Com isso, começamos a compreender o que acontece quando inalamos um óleo essencial com propriedade analgésica ou ansiolítica, certo?
Sabemos que a ciência é um livro aberto e inacabado, ainda mais se tratando do corpo humano e suas interações com substâncias e com o meio, no entanto, ela nos mostra possibilidades e traz clareza quando estamos desbravando um mundo desconhecido.
Os óleos essenciais são substâncias naturais extraídas das plantas que possuem moléculas aromáticas formadas dos mesmos elementos que nós humanos possuímos em nosso organismo e em contato conosco são capazes de reconhecer em nós a sua natureza e assim como um quebra-cabeça se “encaixar” onde lhe cabe.
E como essas moléculas aromáticas dos óleos essenciais agem em nosso organismo promovendo bem-estar, alívio de dor ou cicatrização da pele? Saberemos em breve, aguarde o novo artigo do Blog Essencial!